[THE MILKS]

Numa infância extremamente animada, criada solta no interior até seus 14 anos, sempre preferiu uma certa simplicidade exagerada, mergulhada no desconhecido.
Já sua mama, Beth Power Beth, é tão diva e talentosa que já dançou até com John Travolta. (VERDADE!)

Na casa da avó, cercada de primos por todos os lados, num ambiente bem caipira, ela já deixava clara & declarada sua paixão pelos animais.
Veio para a cidade grande totalmente encantada pelas graciosas vaquinhas.
Seu sobrenome Leite, não nega este amor!
Hoje tem quatro cachorros e seus mais novos companheiros são dois bezerros que salvou literalmente de uma fábrica de salsichas há dois meses.

Uma menina de sardas que amava assistir filme de terror e viajava de carona na boléia de um caminhão para andar à cavalo nos fins de semana.
Menina daquelas que estudou em colégio católico cujas paredes testemunharam histórias que serviriam para um belo seriado de algumas várias temporadas.

Sua primeira grande viagem foi aos 7 anos.
Desbravando a Califórnia, dentro de um furgão com a família toda, ali ela descobriu que queria conhecer o mundo inteiro.
Fato é que ela cumpre essa promessa a risca.

Tati além de viajar o mundo afora, aproveita também para explorar um universo paralelo, bem particular: sua cabeça mágica e criativa.
Já percorreu em torno de 56 países, todos eles desvendados de maneira genuína.
Explorados com sua simplicidade sensitiva, curiosa e original.

Foi lá também, na Califa, que viu pela primeira vez uma escada rolante.
Ficou tão extasiada com o tal mecanismo que ali mesmo iniciou seu passaporte imaginário de destinos independentes, dos eternos vai-e-vens.

Freneticamente, para cima e para baixo, por umas sessenta e tantas vezes ela desbravou cada degrau daquela escada.
Já seu pai herói, Rubinho, teve que entender que o mundo era pequeno demais para ela.
Na hora ela pensou: "O que sei falar em inglês?
Dog e Hello! Acho que posso ficar aqui mais uns 7 anos."

Sempre motivada pelo desconhecido, vivencia de fato culturas autênticas onde procura sempre estar inserida no contexto de tudo aquilo que é novo.
Grande admiradora de lugares tradicionais, originais, sem modismos, sem firulas e que a proporcione souvenirs chamados de relíquias.

Gosta da água em todas as suas formas.
Sua vida flui como um rio que deixa seu curso rolar na direção que ele pode livremente levá-la.
Filha de peixe, peixinho é!
Descobriu com seu pai, a travessia e com sua mãe o ballet.
Desde então, atravessa lagos e rios num ato de liberdade extrema.
Experiência divina, praticamente meditativa...eterna harmonia com a natureza.
(seu sonho: fazer a travessia do sol da meia-noite)

Atravessou o mundo para se descobrir nas suas origens.
Ama os caipiras, o tempo deles e fala sem vergonha o dialeto que "come" sílabas.
#eutambém

"Sou voraz, quase insaciável.
Sou persistente.
Cheia de amor para distribuir.
Sou intuitiva e também sensitiva.
Sou extremante reflexiva."

Sonha acordada, sonha muito dormindo também.
Não tem medo do amor e está sempre pronta para ele, quantas vezes for necessário.
Chora todas as vezes que assiste E.T.

Pratica a compaixão, quer um mundo melhor e deseja isso todos os dias.
É budista, umbandista & afins.
Já quis ser fotógrafa de guerra mas seu pobre coração pisciano não aguentaria esse tranco.

Gosta de filmes existenciais, aqueles da vida real quase irreal.
Admira Truffaut e seu personagem Antoine.
Gosta de Buñuel e mais ainda da sua receita de Dry Martini.

Adora o velho e tradicional, das coisas simples que perduram.
Um bom e velho boteco pé sujo para comemorar com os seus, munida de uma tradicional sandália Havaianas azul e branca.

Enquanto isso...Beth continua dançando pela vida com seu refinado gosto musical.
Incansável, ela é aquela bailarina que vive na Lua, regente do seu signo.
Prefere que o mundo a acompanhe do que acompanhá-lo.

Seus passos são coreografias transformadas em diversos festivais, inúmeros prêmios conquistados e também, tantas aulas de jazz.
"Beth balança, meu amor...
me avise quando for a hora.""
...será que Cazuza a conheceu?

Isabella Barbosa