[MARAÍ]

A frase mais linda que ela ouviu foi antes de ontem:
“Perdido é o tempo que não se gasta no amor!”

Maraí, seria uma abelha, rainha é claro!
Polinizaria o universo todo repetindo uma só palavra como mantra, a palavra A M O R! (sem ser idealista, já sendo revolucionária)

Eterna moleca, menina Maraí, costumava descer ladeira abaixo de carrinho de rolimã, subir em árvores com seus irmãos, bagunçar as ferramentas de sua avó e por (mar)aí vai...

Uma enciclopédia ilustrada de aventuras & traquinagens editada no universo de uma menina cara de fofa, mezzo desbocada e inteira liberta.
No “look do dia” não dispensava seus joelhos bem ralados e seus cabelos bagunçados. Oremos!

Virou uma adolescente e tanto, mais do que aquelas mocinhas que amam só dançar por dançar.
Virou polivalente, a VALENTE e nossa “errepê” na matinê mais queridinha de São Paulo: a Up & Down!

Dança até hoje freneticamente pela vida e em todos os ritmos, just like nobody is watching...só está faltando mesmo o tão sonhado espacate!
Se jogou no Afro, ritmo quente que aterra seu descompasso nada ensaiado, quebra paradigmas sem coreôs, comunicando Terra, Céu & Ser numa única batida.

Ela é solar. Adora ter nascido no nosso quente Brasil.
Ama pintar num dia ensolarado, tipo naqueles dias em que o sol surge pela janela e parece pintar sua pele junto.

"Quem dera ser um peixe...para em seu límpido aquário mergulhar!"
Esse peixe existe. O nome dele é Fofucho, seu hobby é fazer borbulhas de amor a luz da lua e mandar um “salve” para os bienvenidos chapas da casa.

Foi para a Amazônia, no berço da Aldeia Sagrada Yawanawá e descobriu o que parece óbvio mas não é.
O mundo é redondo! Tudo pertence a um ciclo e os ciclos se fecham.

Descobriu também que não são as coisas e nem as pessoas que nos fazem ser quem somos! Entendeu uma parte do que é se relacionar com delicadeza e sutileza com aquela espontaneidade que deixamos lá para trás com nossos ancestrais.

Tomava chá mate com limão na casa da Dona Geni, a avó paterna que morava em Bebedouro e era famosa pelos formosos arranjos de cabelo, grinaldas e flores de lapela. (chic)

Foi lá também que conheceu outro pedaço dela: o Carnaval!
Rodopiava por todos os bailes de salão da cidade e até ensaiava na escola de samba que existia.
Nossa Colombina fazia fantasiosas fantasias, participava de concursos e sonhava com todos aqueles troféus.

Se diverte até hoje montando fantasias para encarnar personagens e se entregar neste realce, afinal quanto mais purpurina, MELHOR!
O Carnaval foi seu cupido. Apresentou sua alma gêmea e trouxe um dos maiores presentes do Cosmos: ter um bloco de para chamar de seu junto com seus camaradas!

Dorme de meia e sonha um dia conhecer a Aurora Boreal
Tem 3 qualidades e 3 defeitos nesta ordem:
lava, passa e cozinha & não lava bem, não passa bem e não é masterchef.

"Maraí, eu fiz tudo pra você gostar de mim!
Ah! Meu bem, não faz assim comigo não...
Você tem, você tem que me dar seu coração!"
PS. NEVER SAY NO TO MARIAHHH, ela continua mezzo desbocada e nada perfeitinha!

Isabella Barbosa