Nasceu no dia 19 de setembro. Sua irmã em 19 de fevereiro, o irmão em 19 de maio e o pai de todos eles em 19 de julho. Cabalisticamente ou não, certo é que estamos todos aqui num ano de final 19, número tão presente na vida de Talitha.
Não é só quando ela cozinha que imprime seu jeito exótico de ser. Menina que gosta de rir alto, digamos que muitoooo alto e que quando abraça alguém, sua força é elevada a potência com calda extra plus master de algo a mais.
VIVER...foi isso que ela passou a fazer desde que abriu o “Ceiça”. Mais ou menos como se “Je ne regrette de rien” tivesse sido composta por ela e em homenagem à dama que tão delicadamente a pariu.
Seu grito de liberdade foi se livrar das duras fardas da cozinha e substituir seu cabelão por turbantes estampados & coloridos. Sendo assim, torna-se sempre conectada à sua feminilidade enquanto esquenta literalmente a barriga no fogão com o maior prazer do mundo!
E por falar nela, na tal natureza feminina, isso também se fez mais claro e confortável diante dos seus olhos e de sua alma, bem ali atrás do balcão de fórmica verde, que é tão de todos e em frente ao tal fogão, que é tão dela.
Lembrando que, somente as fêmeas têm pistilo! Delicada sutileza & estimulante poder que juntos dançam harmonicamente no mistério deste universo tão complexo. “A feminilidade pulveriza e fecunda. Voa. Vira mel, uma doce poesia da natureza.”
Tão dura na queda e tão suave no trato; força e delicadeza fizeram as pazes ali mesmo no balcão turquesa ao som dos seus poderosos e disponíveis discos.
Freneticamente hilária, quase louca e sem noção, poderia ter sido figura importante no filme Black Cat, White Cat dirigido pelo genial Emir Kusturica.
Arrogância: “Tenho, não nego Uso quando puder.”
Loucura: “Sempre comigo.”
Fidelidade: “Não é exclusividade.”
Fica ainda na memória a sofisticada textura da borda fina da taça de cristal que sentiu entre seus lábios aos 8 anos de idade. Tal sensação a fez perceber uma fofura profunda no coração, tão profunda que a quebrou numa mordida só entre os dentes, matando a mãe de vergonha e todos os outros de preocupação.
“És láctea estrela És mãe da realeza És tudo enfim que tem de belo Em todo resplendor da Santa Natureza.” Rosa – Pixinguinha *a música que cantou para sua avó quando ela partiu para um universo além e gracioso como ela.
Não acredita que as pessoas tenham defeitos e diariamente é inspirada pela natureza de Deus e pela competência humana. Para ela o amor existe e está por todos os lados. "O que esqueci para trás, atrás está!"
Com o nostálgico cheiro do refogado da Vó Nita na ponta do nariz, foi em frente e avante. Como se não houvesse amanhã e nem daqui a pouco, ela troca o disco, quebra o ovo, sorri e segue para uma feira perto de você.